Você conhece Treinamento
Intervalado? Sabe par que serve?
A cada dia surgem novas propostas de
treinamento físico voltadas para o emagrecimento (redução de gordura) que sejam
mais eficientes e mais econômicas – tanto no bolso quanto na rotina das
pessoas. Neste texto conheceremos um pouco mais a fundo sobre uma dessas
propostas.
Com tantos métodos a nossa disposição, não há
mais tanta certeza sobre o que é de fato dirigido a nós, haja vista que as
abordagens comumente utilizadas (atividades aeróbicas de longa duração) não têm
sido muito eficientes na redução da gordura corporal. Instituições como o NIH
(National Institute of Health, EUA)¹ apontam a
eficiência das abordagens antigas como “modesta” para redução de peso
corporal (redução de apenas 2 a 3% no peso ou IMC, ao longo de um período de
treinamento) por exemplo. Nessa perspectiva, temos
estudado propostas mais eficientes que apresentem coerência e respaldo
científico dentro do processo de emagrecimento através da atividade física,
propostas para aplicarmos com coerência em nosso espaço de Treinamento
Funcional, a Physioterapia & Consultórios. Como consequência dessas buscas
nos deparamos com os crescentes estudos sobre o Treinamento Intervalado de Alta
Intensidade [High-Intensity Interval Training (HIT ou HIIT)].
O HIT é uma
proposta de atividades físicas cíclicas – corrida, ciclismo, natação etc., aplicadas
em alta intensidade por um curto período de tempo com intervalos de descanso;
como exemplo, na corrida aplica-se 30 segundos de estímulo intervalados por
vinte segundos de descanso, repetindo esse ciclo de 7 a 10 vezes. Entretanto, a
eficiência do HIT é dada pela administração adequada dos estímulos e descansos,
sendo altamente recomendado a presença de um profissional de Educação Física
que domine esse campo. Com relevância ainda maior, a intensidade é prescrita a
partir das medidas da Capacidade Aeróbica Máxima (VO2máx) e/ou
Frequência Cardíaca Máxima (FCmáx), este aspecto é o mais importante dentro do
treinamento intervalado de alta intensidade, e deve ser rigorosa e
responsavelmente controlada.
A importantíssima
revisão de literatura conduzida pelo professor Martin Gibala² da
McMasterUniversity, Canadá, propõe que o HIT é igual ou ainda superior aos
protocolos de treinamento de longa duração e baixa intensidade (treino aeróbio
contínuo), com a vantagem de poder ser realizado com uma duração muito menor
(variando de 4 a 20min). As transformações metabólicas promovidas pelo HIT
geram adaptações físicas importantes também para a saúde, aumentando a
capacidade respiratória, a força muscular e o sistema cardiovascular.
Por fim, é de
suma importância garantir a segurança na aplicação desse tipo de treinamento –
conhecer as capacidades físicas de quem está sendo treinado, bem como o
histórico clínico pessoal e familiar, além de um respaldo médico,são recomendações
essenciais. Os protocolos de HIT podem ser adaptados ao longo do tempo
iniciando com intensidades mais baixas e com intervalos maiores, sendo aos
poucos aumentado a exigência do esforço no treinamento³. Assim, novos estudos estão a passos largos sendo
realizados e certamente trazendo mais solidez para as abordagens intervaladas,
incluindo também o treinamento resistido como estratégia para redução de
gordura corporal.
Em nosso espaço,
a Physioterapia & Consultórios, nossos instrutores/professores estão sempre
em busca do que há de mais novo e mais eficiente dentro do universo científico
para aplicar à realidade dos nossos clientes. Promovendo um trabalho integrado
entre profissionais de Educação Física, Nutrição e Fisioterapia, nossa equipe
está mais do que preparada para proporcionar o melhor serviço para a sociedade,
seja na saúde, na performance e/ou na estética, o importante é salientar que
estamos alinhados com o que é eficiente.
Nárlon Cássio Boa Sorte Silva, Profissional
de Educação Física e Personal Trainer (CREF: 123192-G/SP).
1.
NIH (1998). Clinical
Guidelines on the Identification, Evaluation, And Treatment of Overweight and
Obesity in Adults. Disponível em: http://goo.gl/4r2aCn
2.
Gibala, M. J. et al. (2012), JounalofApplyedPhysiology. 590.5
pp 1077–1084. Disponível em:http://goo.gl/dWj98b
3.
Gentil, P. (2014), Emagrecimento: Quebrando Mitos e Mudando
Paradigmas. Edição Independente: Charleston, SC, USA.
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