quinta-feira, 3 de abril de 2014

Tratamento da hérnia de disco afasta dores e possível cirurgia
Carregar bolsas ou mochilas pesadas, postura errada, não se acomodar na cadeira, dirigir muito, ter sobrepeso ou levar uma vida sedentária. Se você se encaixa em uma (ou mais) dessas situações, você provavelmente sofre com dores na coluna, que se não forem tratadas corretamente, podem se acentuar e evoluir para doenças mais graves. A coluna vertebral é composta por vértebras, discos intervertebrais, nervos, músculos, medula e ligamentos. É nesse conjunto que acontece a maior parte das disfunções que causam dores nas costas. Entre elas, a hérnia de disco, cujo estágio inicial está presente na coluna de quase 65% da população adulta brasileira.

O que é de fato hérnia de disco
As vértebras da nossa coluna estão unidas por articulações chamadas de discos intervertebrais, que são constituídos de material fibroso e gelatinoso e desempenham a função semelhante a de um amortecedor, dando mobilidade para locomoção (caminhar), movimentos de impacto (corrida e salto). A hérnia de disco ocorre quando parte do disco, em geral os das vértebras cervical, dorsal ou lombar, escorrega para trás ou para o lado da coluna, comprimindo o nervo, daí a causa das dores. No entanto, essa dor é bem característica, o sintoma clássico é a dor irradiada para os membros inferiores. Primeiro, a dor vem associada à região lombar, depois vai atingindo as pernas, os pés, ocasionando fraqueza muscular e formigamento.
O surgimento de uma hérnia de disco está relacionado às sobrecargas compressivas no disco intervertebral, causadas por uma série de fatores como má postura, desvio da coluna, instabilidade articular da vértebra, sobrepeso, esforço repetitivo e fraqueza muscular. Alguns estudos apontam que pré-disposição genética é um fator significativo para o aparecimento do problema. Em geral, o quadro clínico aparecer entre 25 e 50 anos de idade, mas, às vezes, as manifestações de dor não aparecem logo de início. Essa demora na descoberta do problema pode dificultar o tratamento.
Tratamentos 
Na maioria das vezes, a hérnia de disco é tratada com medicamentos para reduzir a dor. Outros procedimentos são a fisioterapia postural e manipulativa, hidroterapia e eletrotermoterapia. Porém, casos mais sérios, como quando a dor estar associada a fraqueza de membros, ou a incotinencia urinaria, necessitam de cirurgia. Mas, como todo processo cirúrgico, ele provoca chateações e preocupações nos pacientes, por causa dos riscos de lesão neurológica ou de uma infecção.

O método de tratamento funciona assim: o fisioterapeuta faz uma tração na região da hérnia. O paciente permanece deitado durante o trabalho de descompressão. O fisioterapeuta vai identificar o disco lesado e  efetuar a tração na medida e no local. O fisioterapeuta aplica exatamente a tensão necessária para a abertura entre uma vértebra e outra sem submeter a área ao risco de lesão.
Com o esse método, a possibilidade de que o descolamento do disco intervertebral seja amenizado é maior do que nos tratamentos convencionais, pois a descompressão é realizada diretamente no disco afetado. Os demais tratamentos costumam tratar a hérnia indiretamente. Mesmo que esta amenização não ocorra, o paciente, em geral, tem melhora completa das dores na região afetada.
A primeira parte de cada sessão é usada para realização de terapia manual, a segunda etapa para descompressão do disco e nos minutos finais o tratamento é voltado para a realização de atividades de fortalecimento, para que a reincidiva da lesão seja evitada. Os testes feitos por pesquisadores norte-americanos apontaram que após seis semanas de tratamento as chances de o paciente necessitar de cirurgia de coluna são reduzidas em 80%.
Restrições
O método não é recomendado para pessoas que tenham osteoporose severa, pacientes com suspeita de fratura de bacia, comprometimento intra-abdominal e pessoas que tenham instabilidade articular severa.

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