terça-feira, 12 de agosto de 2014

Alongamento muscular em pacientes com fibromialgia

Assunto: CientíficoAproveite para recomendar aos amigos: 
 
Resumo do Artigo: Alongamento muscular em pacientes com fibromialgia a partir de um trabalho de Reeducação Postural Global (RPG)
Autores: Amélia Pasqual Marques, Laís Lage Furtado de Mendonça e Wilson Cossermelli. Esse estudo foi desenvolvido no Ambulatório de Reumatologia do Hospital das Clinicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo e publicado na Revista Brasileira de Reumatologia em 1994.
fibromialgiaA fibromialgia é um tipo de reumatismo de condição de dor crônica, com presença de sensibilidade em alguns pontos pelo corpo. Pode ser considerada uma síndrome devido às manifestação no organismo como indisposição, cansaço, problemas com o sono e rigidez matinal, além da dor. Acomete principalmente mulheres.
Além do tratamento medicamentoso, a fisioterapia tem um importante papel no alívio da sintomatologia. Com amplificação de seus efeitos através de uma abordagem terapêutica adequada e que avalie o indivíduo globalmente.
A Reeducação Postural Global (RPG) é um método que utiliza alongamento das cadeias musculares, principalmente do musculatura estática antigravitacional, que interfere nas atividades diárias.
Dessa forma, o objetivo desse estudo foi avaliar os efeitos do alongamento das cadeias musculares a partir de um trabalho de reeducação postural global (RPG).
Metodologia Foram tratadas 20 pacientes do sexo feminino com diagnóstico de fibromialgia. Todas realizaram uma avaliação global segundo os critérios propostos por Souchard e realizaram medidas de flexibilidade utilizando os testes de Schober, Stibor e distância dedo-chão.
As 20 pacientes foram acompanhadas por cerca de 11 sessões para serem orientadas quanto as auto posturas realizadas em domicílio.
Resultados Das 20 pacientes, 18 referiram algum tipo de melhora a partir da segunda semana de tratamento, sendo que 65% classificaram a melhora como ótimo e bom, 25% tiveram melhora cíclica, ou seja, períodos em que a dor estava ausente e períodos em que a dor estava presente. Somente 10% das pacientes afirmaram não ter tido qualquer melhora. Ao final do tratamento, todas as pacientes apresentaram não só índices de flexibilidade normal e próximos do normal, mas também postura ereta, fazendo crer que houve alongamento significativo da cadeia posterior e conscientização da postura ao nível das demais cadeias.
Conclusão Este estudo demonstra que as pacientes podem tolerar bem os exercícios de alongamento feitos com regularidade e atingindo os pontos críticos de dor, o que foi conseguido graças à avaliação prévia das condições de cada paciente individualmente e à programação igualmente individual. Além disso, é importante nesse caso a melhora referida pelas pacientes, passando a influir diretamente na sua qualidade de vida.

quarta-feira, 30 de julho de 2014

Esteróides e anabolizantes: Os caminhos que podem não ter volta

A busca pela forma ideal tem começado cada vez mais cedo e os jovens são a maioria quando o assunto é esteróides anabolizantes. 

Uma pesquisa do IBGE, feita com mais de 100 mil estudantes entre 13 e 15 anos, nas cinco regiões do país, mostrou que os jovens estão demasiadamente preocupados com o corpo. Segundo o estudo deste ano, 31% das meninas fazem regime e 21% dos meninos se preocupam em ganhar mais peso e músculos. Na busca pelo corpo ideal, os jovens se deparam com a promessa de um caminho mais curto. São os esteróides anabolizantes, também conhecidos como “bomba”, os atalhos. Apesar de atraentes em um primeiro momento, as substâncias são perigosas e podem levar à morte.

Os esteroides androgênicos anabólicos (EAA) ou AAS (do inglês anabolic androgenic steroids) são uma classe de hormônios esteroides naturais e sintéticos que promovem o crescimento celular e a sua divisão, resultando no desenvolvimento de diversos tipos de tecidos, especialmente o muscular e ósseo. Apesar de trazerem benefícios estéticos, os esteroides anabolizantes são uma espécie de maquiagem. Seus resultados fisiológicos são passageiros e só funcionam enquanto se faz uso deles e se pratica atividades físicas exaustivamente, o que cria a dependência e os danos à saúde.

No mês de abril, o Profissional de Educação Física Fernando Vitor Lima [CREF 000911-G/MG], Professor Doutor da UFMG, ministrou uma palestra com o tema “O uso de esteróides anabolizantes na prática de atividades físicas”, durante o I Fórum de Bioética dos Conselhos Profissionais de Saúde de Minas Gerais. Fernando falou sobre o uso indiscriminado dessas substâncias em ambientes de atividades físicas e seus graves efeitos nocivos. Contou ainda que, em alguns casos, os usuários já têm um roteiro de invenção de sintomas para conseguir a prescrição legal da testosterona - hormônio sexual masculino, do qual se deriva a maioria dos esteroides. “A distinção entre o doping, que é ilegítimo e a forma socialmente aceita, está cada vez menor”, concluiu. Em entrevista à Revista Educação Física, Fernando discorreu sobre o assunto que foi tese do seu doutorado, defendido na Universidade do Porto, em Portugal.

REF  Que tipo de pessoa pode fazer uso dos esteroides anabolizantes?

Fernando Vitor Lima – Esteroides anabolizantes são medicamentos que tem uma indicação terapêutica. Neste caso é necessário um diagnóstico médico, assim como para a prescrição da maioria dos medicamentos. Usualmente podem ser indicados para mulheres com osteoporose na menopausa, adolescentes com atraso na maturação, redução da função sexual e anemia, entre outros sintomas.

REF - De que forma o Profissional de Educação Física pode ajudar a evitar o uso dessas substâncias no meio em que convive?

Fernando Vitor Lima - Esta é uma questão muito complexa, mas podemos dizer que de acordo com o cenário atual, é importante disseminar informações realistas sobre os efeitos destas drogas e não somente reproduzir informações disseminadas pelo mercado paralelo que busca vendê-las para atender um anseio dos praticantes de atividades físicas. Mas também não penso que o caminho seja disseminar somente as informações sobre as reações adversas, porque isso não conduz a redução ou término do uso. O cenário de uso crescente atual comprova isto. Se o Profissional conquistar a confiança dos seus alunos com uma atuação séria, bem fundamentada cientificamente na prescrição do treinamento, ele poderá exercer maior influência no sentido de evitar ou diminuir o uso no seu meio. Mas o problema vai muito além.

REF - Os usuários têm consciência dos problemas que essas substâncias podem acarretar?

Fernando Vitor Lima - Penso que sim, porque as informações que são mais divulgadas pelas mídias tradicionais são exatamente sobre as reações adversas. Todas as vezes que uma matéria é veiculada em um jornal ou televisão, a abordagem é essa. Isto também acontece com os materiais informativos e educativos que são elaborados por instituições governamentais, privadas. Mas isso parece que não vem sendo a estratégia adequada para reduzir o uso.

REF - O padrão de beleza atual (tanto homens, quanto mulheres fortes) fez aumentar o uso dessas substâncias?

Fernando Vitor Lima - Sem dúvida, porque já sabemos que as pessoas buscam duas coisas diretamente: ficarem mais fortes e musculosas e obter isto rapidamente. Sendo assim, ao saberem que os anabolizantes podem proporcionar as duas coisas e, supondo ou sabendo que muitas destas pessoas fazem uso, lançam mão deste recurso. Não penso que o padrão de beleza seja ruim, pelo contrário, até acho bom que as pessoas queiram desenvolver suas musculaturas e cultuarem seus corpos. O problema é a maneira como fazem isto, ou seja, utilizando recursos que podem prejudicar a saúde. E, além disto, os ganhos obtidos desta forma são temporários, não podendo ser mantidos por muito tempo ao se interromper o uso dos anabolizantes e, caso a pretensão seja um uso mais prolongado, as reações adversas serão muito mais desagradáveis, o que poderá até interromper o treinamento. No final, o resultado pode ser a reversão dos ganhos obtidos na beleza corporal. Eu penso que não vale a pena, porque devemos buscar a nossa beleza física para toda a vida e não só temporariamente e dependente de algo que pode prejudicar a saúde e, em longo prazo, prejudicar nossa capacidade de treinar adequadamente.

Alerto finalmente, para que os Profissionais de Educação Física e de outras áreas da saúde, assim como a população praticante de atividades físicas, desconfiem de falsos “experts” que disseminam uma interpretação inadequada do conhecimento científico sobre este tema.

Matéria publicada pelo site CONFEF 




Para o corredor, é quase normal sentir dor após um treinamento, mesmo que não seja lesão. Isso pode ocorrer quando determinadas atividades solicitam excessivamente o sistema muscular apresentamos queixas de dores difusas. Nesse caso é importante verificar a presença de nódulos, os quais podem ser ativos (onde há queixas de dor) ou latentes (quando presentes, mas sem queixa de dor).
Acesse o blog da Educação Fisica

A massagem é uma terapia que pode ajudar muito o corredor nesse processo de recuperação. Em todos os tipos de massagem, o terapeuta centra a sua atenção no cérebro, na desportiva, pensa-se nas necessidades individuais do atleta. O aumento do número de praticantes, aliado ao incremento da competitividade e intensidade do exercício, contribuíu para elevar o estatuto da massagem, agora, mais do que nunca, reconhecida como um meio privilegiado de recuperação.

A massagem desportiva deve ter pontos em comum  com outros tipos de tratamento dentro do âmbito da massagem e é muito importante acumular grande conhecimento de anatomia e fisiologia, em particular os sistemas muscular e esquelético. Ao compreenderse estes sistemas e os efeitos do exercício, pode apreciar- se como a massagem beneficia o atleta e se toma parte integral do programa de treino.

Contra indicações

A massagem desportiva é desaconselhada em diversas situações, quando o prejuízo se sobrepõe ao benefício. Por isso, os atletas devem evitar a massagem quando se verificarem os seguintes casos:
• Temperatura do corpo superior a 38 graus ou mal-estar do atleta.
• Existência de traumas, feridas abertas, contusões recentes, roturas musculares, entorses, frieiras e queimaduras .
• Tumores.
• Doenças circulatórias (veias varicosas, flebites, tromboses).
• Cancro
• Melanoma
• Hemofilia
• Doenças de pele infecciosas (infecções bacteriológicas,de fungos,virais e herpes).
• Reacção adversa ao tratamento.
• Situação que recomende conselho médico.
• Diabetes (a massagem tem o mesmo efeito que o exercício nos níveis de açúcar do sangue. Por isso, é necessária medicação apropriada).

Benefícios

A massagem desportiva bem aplicada é o método mais eficaz para resolver problemas de tensão muscular e restabelecer o equilíbrio do sistema músculo esquelético.
Se for utilizada regularmente, ajuda os atletas e prevenir lesões, cuja origem pode estar relacionada com a sobrecarga de treino. Um programa mais intenso prejudica os músculos, assim como articulações, ligamentos e tendões.
Os desequilíbrios musculares podem desenvolver-se e, sem diagnóstico preciso, atingir um estádio grave, capaz de causar desconforto ou impedir o desempenho desportivo. Um massagista experimentado consegue detectar variações nos tecidos mais finos. A utilização de técnicas correctas ajuda a manter um estado físico saudável.
Assim, depois de uma prova ou treino longo, nada melhor do que uma massagem desportiva para relaxar os músculos, propiciando oxigenação para que as fibras musculares relaxem e evitem câimbras. Não podemos nos esquecer, entretanto, que a massagem, quando realizada antes do treino/prova, tem como objetivo estimular a circulação sanguínea dos músculos e os preparar para a jornada que virá. Certamente sua performance será muito melhor e a sua recuperação mais rápida e menos "dolorida".
Idosos podem e devem praticar exercícios físicos
Já é muito bem estabelecido que atividade física traz muitos benefícios  para a saúde física e mental, e isso não poderia ser diferente na terceira idade: todo idoso pode e deve praticar algum tipo de atividade física. Qualquer atividade física é melhor que nenhuma, ou seja, não é necessário realizar uma atividade 5 vezes por semana para começar a colher os frutos. Se um idoso começar caminhando 1 vez por semana, depois de algum tempo já notará os resultados.

Entretanto é fundamental que os idosos tomem alguns cuidados  antes de iniciar uma atividade física. Primeiramente é necessário consultar um médico geriatra para que seja realizada uma avaliação clínica de seu estado de saúde e de sua capacidade física. Depois de liberado para iniciar uma atividade física por seu médico, o idoso deve procurar as orientações de um educador físico para diminuir os riscos de lesões, para adequar um programa que respeite as limitações de cada praticante, além de auxiliar a encontrar uma modalidade que mais se encaixe nas preferências e no perfil de cada um. Não existe uma idade limite para se iniciar a prática de atividade física, ou seja, nunca é tarde para começar.

Os benefícios são muitos: o ganho de força, a melhora do equilíbrio e o aumento da amplitude dos movimentos, levando à melhora da funcionalidade, o que facilita a realização das atividades do dia a dia; a prevenção de quedas; a prevenção de declínio cognitivo; a melhora do funcionamento intestinal; o aumento da autoestima; o aumento da capacidade cardiopulmonar e o auxílio no combate de sintomas de doenças como depressão, doença pulmonar obstrutiva crônica, mal de Alzheimer, entre outras.

As modalidades mais recomendadas são aquelas que tragam prazer e que estimulem o idoso a uma prática regular. Quando for optar por uma modalidade específica, o idoso deve levar em conta a preferência pessoal, facilidade de acesso, se há exigência de uma instalação específica para sua prática (ex.: piscina, academia, etc.), custo financeiro e se a modalidade escolhida é compatível com sua condição física. Por exemplo: um idoso com artrose severa de joelhos terá mais facilidade de exercitar-se na piscina.

A prática de atividade física não é isenta de riscos em nenhuma faixa etária. Os idosos devem respeitar seus limites individuais e sempre seguir as orientações de seu médico e educador físico. Sempre que apresentar alguma dor ou desconforto, deverá reportá-lo e valorizá-lo para que essa prática não cause lesões nem torne-se prejudicial a sua saúde.

Não há uma restrição generalizada por modalidade, mas algumas vão exigir uma preparação mais específica e supervisionada e alguns pacientes podem apresentar restrições individuais que podem impedi-los de exercer alguma modalidade específica. Por exemplo, um paciente com sequela de um acidente vascular encefálico que não movimente uma de suas pernas não poderá praticar ciclismo, mas conseguirá praticar a natação.

Mas atenção: sempre que for iniciar uma atividade física, o idoso deve antes consultar seu médico.

O esporte e a formação do cidadão

FONTE: Prof.Rubens Gabriel Pereira Diretor Canali System Brasil Personal Trainer Body Tech – Koatch – Renaissance Fitness Árbitro de Ginástica Artística Masculina Ex-Técnico de Ginástica Artística Comentarista Esportivo - Rede Bandeirantes de televisão
Prof.Rubens Pereira
Conhecer o esporte é um direito garantido por lei ao cidadão brasileiro. Mas o esporte enquanto manifestação competitiva, onde os melhores ganham e os piores são eliminados, não deve ser considerado como melhor ferramenta para a formação do indivíduo como cidadão.
Para isso a constituição de 1988 apoiada pela “lei Pelé” de 1998 direcionam o investimento público para a formação do cidadão usando o esporte como ferramenta de apoio. Podemos chamar esta ferramenta de esporte educacional.
Vamos falar de algumas diferenças entre o esporte de alto rendimento e o esporte educacional.
No alto rendimento vemos um objetivo principal muito claro, a vitória. Deste modo, o atleta será formado para ser o melhor, o mais forte, o mais veloz.
No esporte educacional o objetivo é a formação do cidadão. Aprender, através do esporte, a respeitar o próximo e entender que todos tem os mesmos direitos e deveres.
Mas como dois objetivos tão diferentes podem ser alcançados com a mesma ferramenta?
Regras
No alto rendimento as regras são estabelecidas pelas federação que organiza a modalidade, visando estabelecer como vencedor o atleta que melhor se adaptar a elas.
No esporte educacional as regras são adaptadas para os alunos poderem participar juntos, não importando suas características físicas. Em um jogo de basquete por exemplo, podem jogar juntos crianças altas e baixas, mais velhas e mais novas, meninos e meninas, etc.
Inclusão
No esporte alto rendimento a idéia de ser o melhor e alcançar a vitória baseada nas regras da competição exclui a maioria das pessoas. Quem continua no jogo é sempre o mais forte, veloz ou resistente.
No esporte educacional o componente lúdico se transpõe ao competitivo permitindo assim que todos participem e tenham a possibilidade de conhecer e superar seus próprios limites.
Interesses
O esporte de alto rendimento está submetido aos interesses das empresas que patrocinam a modalidade. O dinheiro fala mais alto e faz com que a idéia da vitória seja a mais importante.
No esporte educacional o interesse do aluno em participar do jogo e interagir com os outros é mais importante do que a vitória. O dinheiro, quando existe, tem origem governamental ou privada no sentido de incentivar a prática e não da propaganda.
O fato comum desses pontos é que o esporte de alto rendimento é hoje um grande negócio mundial baseado na competição e financiado por grandes empresas que usam o sucesso do esporte na mídia para fazer propaganda de seus produtos.
Já o esporte educacional tem como objetivo maior a inclusão social e a formação de cidadãos que respeitam o próximo como ele é.
FONTE:  Prof.Rubens Gabriel Pereira

segunda-feira, 21 de julho de 2014

Patologias ortopédicas mais comuns...

Nestas próximas semanas vamos tratar de comentar as patologias ortopédicas mais comuns que a gente vê...
Vamos tratar deste assunto porque cada vez mais as pessoas estão se dando conta da importância de praticar atividades físicas de varias modalidades e acreditamos que seja importante falar um pouco sobre cada um dos problemas que acometem esses novos "atletas" para que possamos iniciar um processo de prevenção destas lesões e também saber o que fazer em cada um dos casos. Obviamente que nosso blog visa que as pessoas possam ter uma ideia do que acontece mas não é em hipótese alguma uma modalidade de treinamento ou de reabilitação pois existem profissionais capacitados e treinados para tratar destes problemas e que devem ser procurados nesses casos pois uma avaliação mais especifica e precisa pode evidenciar algum outro problema.

Nosso primeiro tema será patologias que acometem a região do ombro...

O nosso primeiro problema a ser falado é acredito que a patologia de ombro mais comum e que todos já ouviram falar que é a bursite de ombro.
             Primeiro temos que identificar o que é a bursa, onde ela fica e porque ela inflama.
 É uma espécie de bolsa cheia de líquido que fica ao lado da articulação do ombro e que tem como finalidade principal o amortecimento dos músculos, tendões e pele. A bursite nada mais é do que uma inflamação desta bolsa.

   Agora porque ela inflama.
O motivo mais comum para ter uma inflamação nesta bursa é o trabalho repetitivo envolvendo a articulação do ombro, principalmente em trabalhadores, mas estamos falando em relação a esporte então porque afinal acontece essa inflamação. Essa inflamação acontece principalmente em atletas que utilizam de forma constante a região do ombro para a sua pratica esportiva como, baseball, natação, basquete e volei, mas também é muito recorrente em praticantes de musculação. Essa inflamação não acontece só por causa dos movimentos repetitivos mas também por movimentos muito rápidos e explosivos e por conta de deficiencias musculares que sobrecarregam toda a estrutura dos músculos.

Ótímo, então quer dizer que todos estamos sujeitos a ter uma bursite? A resposta é sim e não você não precisa ser atleta de elite para desenvolver esse problema

Os sintomas mais comuns que vemos nos casos de bursites dos ombros são a dor local, normalmente na região da frente do ombro, que realmente incomoda para realizar atividades simples como escrever, levantar o braço, lavar a louça, o carro e até dormindo. Pode acontecer ainda do ombro ficar um pouco inchado, rígido e quente.

Para poder identificar se realmente existe uma bursite na região é fundamental procurar um médico ortopedista que através de uma avaliação criteriosa e em alguns casos a solicitação de exames de imagem para definir o diagnóstico.

Pronto... identificamos o que é, o que se sente e como diagnosticar o problema. Passado isso temos que tratar o problema para voltar a atividade física.

Muito bem, o tratamento inicialmente visa tirar a dor e sim é necessário diminuir ou até muitas vezes parar de realizar a atividade física para melhorar o quadro. As compressas de gelo incialmente e depois as quentes aliadas a medicações específicas ajudam muito a reduzir a dor aliada normalmente a fisioterapia que inclui analgesia e exercícios específicos.
    Em um segundo momento da fisioterapia é muito importante corrigir a causa da bursite quando esta está ligada a alguma alteração muscular, ou seja fortalecer toda a musculatura em volta do ombro para diminuir a sobrecarga em cima do ombro.






    A volta a atividade física tem que ser gradual e principalmente sem dor, ou limitação de movimento.


Vale a pena lembrar que em caso de dúvida procure um profissional da sua confiança para saber o que fazer.

se precisar ou tiver alguma dúvida entre em contato www.physioterapia.com.br

sexta-feira, 18 de julho de 2014

Reparo e regeneração tecidual

Até na estética tem "nem nem"?


- “Nem demais, nem de menos!”. Repito sempre nos cursos que ministro.
Respeitar as fases do processo de reparo e regeneração tecidual é de extrema importância. Os recursos usados nos tratamentos estéticos, dentre eles, radiofrequência, ultrassom de alta potência, carboxiterapia, luz intensa pulsada, laser de alta potência, dentre outros, são tratamentos potentes, com resultados significativos em vários distúrbios estéticos. Mas como essas modalidades de energia atuam nos tecidos?
Quando somos jovens, estímulos hormonais, em especial o GH (hormônio de crescimento), induzem à síntese de proteínas e então crescemos. Nossa pele é lisa e o corpo é saudável, a degradação proteica é sempre menor que a produção. Ao atingirmos a fase adulta, por volta dos 25 anos, o estímulo de síntese tende a se equiparar ao de degradação das proteínas promovidas pelas proteases. A partir disso, iniciamos um processo em que a produção e os hormônios tendem a diminuir, o estímulo de síntese diminui gradativamente, as enzimas de degradação aumentam sua atividade e… envelhecemos…  Esse processo é inerente, todos vamos envelhecer… Mas com qual velocidade?
Sabemos que se fizermos atividade física regularmente, o processo de envelhecimento pode ser retardado. No exercício físico, para que ocorra ganho de massa muscular e remodelagem corporal, exige-se que a atividade aplicada seja sempre acima dos esforços que fazemos nas atividades de vida diária, esse método é chamado de “Princípio de Sobrecarga” por fisiologistas. A atividade intensa estimula a produção de hormônios e fatores de crescimento que promovem a produção de proteínas, porém, se o exercício é realizado em excesso, especialmente, sem intervalos de recuperação, pode ser maléfico, inclusive acelerando o processo de envelhecimento por liberação de radicais livres.

SAIBA MAIS


Essa analogia pode ser aplicada aos tratamentos estéticos. Quando usamos determinadas energias, estimulamos os tecidos desvitalizados a reagir e precisamos dar intervalos para que o corpo tenha tempo de resposta.
Os equipamentos usados nos tratamentos estéticos estão cada vez mais potentes, os resultados são cada vez melhores, porém, os princípios relacionados ao tempo de recuperação e resposta tecidual também devem ser respeitados. Atuamos no limite da lesão para desencadear uma resposta orgânica que chamo de “Princípio de Sobrecarga da Estética”. Um bom exemplo é quando aplicamos um peeling químico na pele, o que realmente fazemos? “Queimamos” a pele com ácidos, porém, não é uma queimadura clássica e, sim, algo controlado, modulado. Deixamos o ácido agir até determinada camada da pele, removemos e tamponamos. Essa “lesão” é subclínica, sem a intensidade dos fenômenos clássicos de um processo inflamatório, mas deve ser suficiente para ativar o processo de reparo e regeneração tecidual. Esse mecanismo ativa a principal célula da estética, o fibroblasto.
fibroblasto
Essa célula é responsável por toda a síntese de proteínas, dentre elas, o colágeno, a elastina, a substância fundamental amorfa que preenche os espaços entre as células e estruturas que compõem a pele. O tratamento induz uma reestruturação tecidual que dá aspecto mais luminoso e jovem à pele.
E essa resposta obedece às fases de reparo e regeneração tecidual de forma similar, envolvendo diferentes tipos de células e atuação temporal delas após o tratamento, no entanto, é importante ressaltar que a figura abaixo representa uma resposta inflamatória clássica com presença de calor, rubor, dor e edema, por isso, o número relativo de células por área é alto. Nos tratamentos estéticos, essa reação é bem mais branda e, geralmente, imediatamente após a sessão, a região tratada pode apresentar aumento de temperatura, avermelhada, sensação de desconforto e ligeiro edema. Essas reações são transitórias, isto é, desaparecem após alguns minutos ou horas, mas são indícios de que foram o suficiente para desencadear o processo de reparo e regeneração que vai culminar com a ativação do fibroblasto, e esse é nosso objetivo.
fibroblasto 2
Observe que imediatamente após a lesão, as células que prevalecem são inflamatórias que predominantemente produzem enzimas de degradação, que produzem fatores de crescimento que vão ativar outras células, em especial o fibroblasto, e células endoteliais para que novos vasos sanguíneos e linfáticos brotem, o pico dessa reação ocorre no 3º dia. Observe também que o ciclo de atividade do fibroblasto se inicia entre o 2º e o 3º dia, tem um pico entre o 5º e o 8º dia e decai acentuadamente por volta do 15º dia. Alguns autores colocam que essa atividade, chamada de fibroplasia, perdure até, aproximadamente, o 21º dia.
Conclusão 1: Se tratamentos potentes forem aplicados diariamente ou muito próximos, teremos predomínio de células de degradação e não de síntese.
Conclusão 2: Os intervalos devem respeitar o ciclo de atividade do colágeno que é, no mínimo, de 7 dias.
Conclusão 3: Temos que ter em mente que podemos dar o mesmo estímulo em diferentes pessoas e elas podem ter respostas diferenciadas porque a resposta tecidual é individual e dependente de fatores hormonais, nutricionais, idade, etc.
Conclusão 4: Imediatamente após o tratamento e no intervalo entre as sessões, podemos fornecer substratos, vitaminas, oligoelementos, entre outros, via dermocosméticos para melhorar a qualidade do tratamento e, assim, obter melhores resultados.
Conclusão 5: Pessoas com melhores condições nutricionais respondem muito melhor ao tratamento. A alimentação equilibrada orientada por um nutricionista, ou mesmo o uso de nutricosméticos devem ser alicerces de um bom tratamento.
Conclusão 6: Recursos que aceleram o processo de reparo e regeneração tecidual podem e devem ser utilizados entre as sessões, sempre em doses terapêuticas.
Sim! Equilíbrio e harmonia são essenciais na hora de montar um protocolo de tratamento. Conhecimentos sobre a fisiologia de reparo e regeneração tecidual também!
Como tudo na vida…Nem demais, nem de menos!

Ultrassom focalizado e ultracavitadores

O que deve se saber antes de comprar uma tecnologia deste tipo?


Artigo escrito com a colaboração do Professor Esteban Fortuny, Santiago, Chile.
Há mais de 4 anos venho estudando, juntamente com um grupo de pesquisadores, a ultracavitação e o ultrassom focalizado. Em todos nossos cursos passamos muita evidência científica de como usar corretamente estas tecnologias, no entanto, muitos profissionais fazem as mesmas perguntas quando começam a utilizar e se deparam com milhões de marcas: Qual equipamento é o melhor? Será que este aparelho realmente faz o que promete? Você me recomenda comprar? Como pesquisadores optamos pela neutralidade de não mencionar marcas associadas, portanto, sugerimos uma lista do que você deve saber “antes”  de comprar uma ultracavitação ou um ultrassom focalizado.
CONCEITOS DISTINTOS:
O ultracavitador apresenta um transdutor plano, porém associado a correntes elétricas terapêuticas e de altas intensidades de energia  são usadas em tratamentos estéticos com o intuito de favorecer a lipólise . O ultrassom focalizado de alta intensidade – HIFU (High Intensity Focused Ultrasound) apresenta  transdutor curvo que emite as ondas sonoras com profundidade controlada em uma área mais  focalizada que o ultracavitador e também é utilizado com o mesmo objetivo.
FABRICANTES  E DADOS TÉCNICOS
O primeiro ponto importante na avaliação de um equipamento são as informações passadas pelo fabricante: Se o fabricante não fornecer a informação, desconfie , é fundamental para sua segurança que todos os dados estejam disponíveis para seu conhecimento.
Há algumas informações técnicas importantes que falam sobre a tecnologia, por exemplo,  como saber exatamente a área de emissão do equipamento (isto tem relação com seu calculo de tempo de aplicação), a potencia, intensidade por cm2 e frequência ( que se relaciona com a profundidade a ser atingida no tecido e os cuidados na forma de aplicação). Outra informação técnica é o BNR que indica se esta emissão é simétrica ou assimétrica.
INTENSIDADE: A CHAVE PARA O SUCESSO!
A intensidade é medida em W/cm2 e exprime uma relação entre a potência do equipamento com a área de emissão ( ERA ) . Por regra, os ultracavitadores geram cavitação inestável gerada apenas em intensidades de emissão iguais ou superiores a 3 W/cm2 . Se o equipamento não conseguir chegar a este valor, provavelmente, trata-se de um ” ultrassom convencional ” em suas mãos, disfarçado de ” ultracavitador.”
EFICÁCIA COMPROVADA: QUEM DISSE ?
Sempre é bom solicitar informações de pessoas que já têm o equipamento. Como foram os seus resultados?
Mas o ideal e que precisamos adotar como habito é questionar se a empresa  tem algumas publicações ou estudos científicos que comprovem a sua eficácia e principalmente, onde foram publicados estes estudos. A segurança quanto ao rigor metodológico vai te dar mais confiança em estar usando algo que realmente tem comprovação cientifica séria. Hoje é possível publicar de tudo, mas as revistas cientificas indexadas selecionam os trabalhos que demonstram uma real seriedade.
Alta ou baixa frequência : QUEM É MELHOR ?
Tanto os equipamentos de baixa quanto de alta frequência são efetivos, isto é fato! Há estudos com ambos e devemos considerar vantagens e desvantagens de cada um.· Equipamentos de Alta Frequência  tem penetrações mais baixas e são bastante superficiais, portanto, podem ser usados sem a necessidade de fazer a dobra cutânea em áreas com presença de vísceras . No entanto, muitas pesquisas incluem Low Frequency  (Baixa frequência) que são mais eficazes mas penetram mais profundo e necessitam de efetuar a dobra cutânea ao ser utilizado por motivo de segurança e para resultados mais efetivos. Sua desvantagem é que  pode gerar um zumbido no ouvido, às vezes desagradável para o paciente. Outra pergunta que não deve faltar: como e em quanto tempo devemos efetuar a calibragem do equipamento?

REFERENCIAS
Moreno-Moraga J, Valero-Altés T, Riquelme AM, Isarria-Marcosy MI, de la Torre JR. Body contouring by non-invasive transdermal focused ultrasound. Lasers Surg Med. 2007; 39(4):315-23.
Haar G.; Cossious C. High intensity focused ultrasound: physical principles and devices. Int J Hyperthermia, 2007.
Meyer, P. F. ; Silva, R.M.V. ; Ronzio. O.A. ; Antonelli, C. ; Fuchis. K. ; Brienza, D. ; Deveiks, I. ; Goemz, D. . Ultracavitación de baja frecuencia: estudio de caso. CATUSSABA – Revista Científica da Escola da Saúde (UnP), v. 2, p. 11-20, 2012.
Meyer, P. F. ; Carvalho, M. G. F. ; Andrade, L.L. ; Lopes, R.N.S. ; Delgado,A.M. ; ARAUJO, H. G. ; Nóbrega,L.L.M. ; NOBREGA, M. M. ; BARICHELLO, P.A. ; SILVA, R. M. V. . Efeitos da ultracavitação no tecido adiposo de coelhos. Fisioterapia Brasil, v. 13, p. 106-111, 2012.

Tratamento pós-lipoaspiração com radiofrequência de 27,12 MHz

Cuidados e manuseio da radiofrequencia no pós-operatório de cirurgias estéticas



A mídia impõe um padrão de beleza irreal que estimula a busca por tratamentos estéticos para reduzir medidas. A cirurgia plástica, muitas vezes, é o tratamento de escolha para redução de gordura localizada em determinados pacientes. Neste contexto se insere a lipoaspiração, no qual é um procedimento cirúrgico que realiza a introdução de finas cânulas para remoção do excesso de tecido adiposo.
No pós-operatório imediato e nas primeiras 4 a 6 semanas após o procedimento, são necessários cuidados especiais para o controle do processo inflamatório, estimulação do processo de reparo tecidual e para a prevenção de fibroses e aderências importantes. Neste contexto, se insere o ultrassom terapêutico, terapia combinada, correntes analgésicas e drenagem linfática, sendo estas, técnicas essenciais para a prevenção de complicações.
Após 4 a 6 semanas e/ou depois de uma avaliação criteriosa que aponte a ausência de sinais inflamatórios e dor, é possível a associação de outras técnicas como a massagem mecânica, radiofrequência, carboxiterapia e terapias manuais que contribuem positivamente com processo de remodelagem tecidual.
No pós-operatório tardio deste tipo de procedimento, caso o paciente não tenha recebido intervenção terapêutica precoce, o risco de fibroses e aderências cicatriciais é extremamente alto. Neste sentido, para o tratamento dessas alterações teciduais são necessários recursos que realizem um aquecimento do tecido.
A radiofrequência de 27,12 MHz permite a geração de um campo eletromagnético, sendo a energia eletromagnética direcionada para a hipoderme através do aplicador monopolar, o qual permite um aquecimento profundo e controlado. A temperatura deve ser mantida entre 37 e 38 °C para que haja aumento do fluxo sanguíneo local e amolecimento tecidual com diminuição da densidade do colágeno, além de tornar a substância fundamental amorfa mais maleável. Este aquecimento tecidual facilita a mobilização cicatricial para tratar cicatrizes hipertróficas e/ou evitar a ocorrência destas. Dessa forma, a radiofrequência permite o tratamento eficaz das fibroses e aderências, tornando a superfície da pele mais uniforme.
Em relação ás equimoses pós-lipoaspiração, a radiofrequência de 27,12 MHz favorece a absorção dessas equimoses devido ao seu efeito anticoagulante e ao aumento da circulação local.
No contexto dos cuidados pós-operatórios, caso o paciente venha a apresentar flacidez de pele pós-lipoaspiração, o aplicador bipolar da radiofrequência de 27,12 MHz é indicado para promover a “termocontração do colágeno dérmico” (efeito lifting) com encurtamento e espessamento das fibras de colágeno, e estimular a atividade dos fibroblastos para que haja a neocolagênese e neoelastogênese, visando o aumento da firmeza e elasticidade da pele. Para isso, a temperatura considerada terapêutica na faixa de 40 a 42°C deve ser mantida na superfície da pele durante toda a aplicação. Além disso, esta temperatura estimula a remodelagem tecidual para melhor alinhamento das fibras colágenas.
É importante salientar que, para atendimento pós-lipoaspiração com radiofrequência, é necessário atenção às contraindicações da técnica, manter contato direto com o médico cirurgião para verificar as possíveis intercorrências cirúrgicas que possam coexistir, além de respeitar a resposta individual de cada paciente ao processo de reparo e regeneração tecidual
Artrose, reumatismo,artrite???? O que eu tenho?




As extremidades dos ossos que formam as articulações são revestidas por cartilagens esbranquiçadas, que em contato com o líquido sinovial, uma espécie de lubrificante que é produzido nas articulações, facilitam os movimentos acionados pelos músculos. A cartilagem das articulações também é responsável por absorver parte do impacto direto dos movimentos sobre os ossos. O desgaste natural ou causado por lesões diretas da cartilagem como o resultado de certas fraturas, por exemplo, pode desencadear a artrose, que leva a uma diminuição do arco de movimento, ou seja, da capacidade de ações básicas como girar, estender e flexionar os membros.

Leia a entrevista com o médico Paulo Henrique Araujo, ortopedista e cirurgião graduado pela Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto/USP, com especialização em traumatologia ortopédica e cirurgia do joelho e membro da Sociedade Brasileira de Ortopedia e Traumatologia (SBOT), da Sociedade Brasileira de Cirurgia de Joelho (SBCJ) e da Sociedade Latinoamericana de Artroscopia de Joelho e Trauma Desportivo (SLARD).

1.O que é artrose do joelho? A artrose é o desgaste da cartilagem de uma articulação. Pode acontecer em qualquer junta. O joelho é o que mais sofre com o problema em função de seu uso constante, seja nas atividades do dia a dia, nas práticas esportivas ou outras atividades de movimento, como a dança.

2.Como ela se desenvolve e quais os sintomas? A artrose é uma doença esperada para todas as pessoas. Normalmente a cartilagem articular, ao longo dos anos, vai sofrendo um processo natural de desgaste pelo uso constante variando de intensidade de pessoa para pessoa. O sintoma mais comum é a dor, derrame articular (água no joelho), alteração do alinhamento normal das pernas (pernas arqueadas ou em forma de "X") perda do movimento completo de flexão e extensão dos joelhos e crepitação (rangidos).

3.A dificuldade em andar ou mesmo descer/subir escadas já pode ser o indício de artrose? Em alguns casos sim, mas também pode ser devido a uma infinidade de outras razões. É preciso avaliar o caso com atenção.

4.Quem é mais sujeito a ter artrose? Por que? Existe uma faixa etária? Mulheres são mais acometidas pela artrose de joelho que os homens. As razões são variadas, mas ainda controversas. A obesidade está diretamente correlacionada com a artrose, pelo fato de sobrecarregar a articulação. Hereditariedade também está relacionada com a artrose, ou seja, uma pessoa na qual um dos pais ou os dois, teve artrose é mais propenso a ter a doença também. Por fim, pacientes que sofreram traumas nos joelhos, por lesão do ligamento cruzado anterior, posterior, meniscos e fraturas, mesmo que operados, podem desenvolver artrose com o passar do tempo.

5. Existe alguma forma de prevenir a artrose? Manter o peso adequado e realizar exercícios que promovam o fortalecimento muscular.

6.Quais os tratamentos para combater a artrose? Perda de peso, fortalecimento muscular, evitar atividades de impacto, uso de bengala, analgésicos, fisioterapia e hidroterapia são tratamentos sintomáticos, ou seja, ajudam a combater a dor e devem sempre ser empregados. Não há tratamento eficaz para combater a doença "artrose". Medicações orais, chamados antiartrósicos, e os injetáveis que são aplicados dentro do joelho, como os derivados do ácido hialurônico, podem melhorar os sintomas temporariamente, mas em muitos pacientes não surtem nenhum efeito. Uma vez desgastada a cartilagem articular, não há recuperação possível. Se os tratamentos sintomáticos não forem eficazes, o tratamento cirúrgico pode ser uma solução. Neste caso, a cirurgia mais comum é a implantação de uma prótese de joelho.

7.Quando a cirurgia é indicada? Qual a tecnologia usada? (videoartroscopia, cirurgia robótica etc).
 A cirurgia mais indicada para o paciente com artrose avançada de joelho é a prótese de joelho. A cirurgia consiste na substituição da superfície articular do joelho que está desgastada por implantes de metal e polietileno. A cirurgia pode ser realizada de forma convencional ou guiada por computador, o que é chamada no meio ortopédico de cirurgia navegada.

8.Quais são os cuidados no pós-operatório? A doença pode voltar? Na cirurgia de prótese de joelho, como na maioria das cirurgias ortopédicas, o tratamento fisioterápico após a cirurgia é extremamente importante para se obter um bom resultado. Uma prótese de joelho, como qualquer outra prótese articular, se desgasta com tempo, pois sua durabilidade estimada é de 15 anos. Quando fica constatado que a prótese se desgastou, a solução é uma nova cirurgia chamada de "revisão".

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